Foto: SINTAB/CGTP-IN

 

Expressamos a nossa solidariedade e apoio à justa luta que as pessoas que trabalham na Nobre Alimentação mantém, face à recusa da administração em negociar o caderno  reivindicativo apresentado. A greve de hoje insere-se nesse processo de luta, demonstrando determinação, união, capacidade organizativa e força capaz de fazer valer a defesa dos seus direitos laborais.

Como está provado e demonstrado historicamente, a luta, inclusive a greve, é a única forma que as classes trabalhadoras possuem para conquistarem melhores condições de trabalho e de vida.

Apelamos a todas as pessoas que trabalham na empresa a unirem-se, a organizarem-se e, perante a recusa, arrogância e ganância da multinacional nobre - que de nobre não tem nada -, a definirem colectivamente as formas de luta a encetar e prosseguir, com vista a conquistar as justas reivindicações apresentados no caderno reivindicativo apresentado. 

 

Passamos a transcrever o comunicado do SINTAB/CGTP- IN que menciona as reivindicações que estão na origem desta justa luta e da greve de hoje, dia 19 de Março de 2024.


Os trabalhadores da NOBRE ALIMENTAÇÃO estarão em greve amanhã, 19 de março, na unidade de Rio Maior, durante todo o dia.

A decisão foi tomada, em unanimidade, pelos mais de 300 Trabalhadores que afluíram em massa aos plenários do passado dia 28 de fevereiro, assumindo posição de força perante a inexplicável irredutibilidade da Administração em negociar o caderno reivindicativo apresentado.

Na última reunião, a Administração desconsiderou todas as reivindicações que, efetivamente, garantiriam melhoria dos rendimentos dos Trabalhadores, mantendo apenas sugestões de possibilidade de intervenção nas condições dos balneários e da cantina, mas sem efetivar prazos nem valores de investimento, o que rapidamente se percebeu ser apenas um artifício ou manobra de diversão.

Lembramos que o Caderno reivindicativo apresentado à empresa no início do ano, genuinamente vertido dos plenários de trabalhadores, exigia um aumento salarial de 150€, a valorização do subsídio de refeição e do trabalho noturno, a implementação de diuturnidades, direito a 25 dias de férias, e o fim do recurso à contratação precária, entre outras.

A Administração escuda-se num relatório interno de gestão de menor incremento do volume de negócios, mas sem nunca referir os resultados líquidos, já que esses são altamente positivos e deveriam ter reflexo nos salários.

Os Trabalhadores mais antigos recordam, com saudade, o tempo em que trabalhavam de facto para a família NOBRE, e de como se lhes garantia, sempre, um salário em “20 contos” superior ao SMN.

O piquete de greve, onde será feito o balanço da greve, a partir das 09:30H, contará com a presença de  representantes da Comissão Executiva do CN da CGTP-IN, em frente à fábrica de Rio Maior.

Fonte: SINTAB