Luís Vaz de Camões terá nascido em 1524. Sendo assim, prestamos-lhe esta singela homenagem, relembrando que a sua obra é composta por os seguintes livros: 1572 Os Lusíadas; 1585 Anfitriões; 1587 El-Rei Seleuco; e, Auto de Filodemo; 1595 Rimas. E, também, uma obra poética considerável.
Luís Vaz de Camões passou por Ceuta, Índia, Macau, Goa, Moçambique e, após os amigos lhes terem pago dívidas e a viagem, regressou a Lisboa, em 1569. Tendo por objectivo editar «Os Lusíadas», consegui-o em 1572, após ter obtido autorização do Rei e da Inquisição, mas não obtiveram reconhecimento. Os anos subsequentes foram de pobreza e miséria, apesar da importância da sua obra poética e demais escritos.
Camões optou por escrever os «Os Lusíadas» na língua portuguesa, apesar de dominar o latim e o castelhano, que eram as línguas habitualmente usadas na escrita da época, contribuindo assim para a afirmação, idoneidade e autonomia da língua portuguesa.
Língua que séculos mais tarde Fernando Pessoa considerou como:
«A minha pátria é a língua portuguesa»
E, José Mário Branco, adaptando um dos poemas de Camões, mantendo o título, criou esta belíssima letra, que cantou e faz parte da sua obra, porque:
MUDAM-SE OS TEMPOS, MUDAM-SE AS VONTADES
(Luís de Camões, adaptação de José Mário Branco – Jean Sommer)
Continuamente vemos novidades
Diferentes em tudo da esperança
Do mal ficam as mágoas na lembrança
E do bem
E do bem, se algum houve, as saudades
Mas se todo o mundo é composto de mudança
Troquemos-lhe as voltas, que inda o dia é uma criança
O tempo cobre o chão de verde manto
Que já coberto foi de neve fria
E em mim converte em choro o doce canto
E em mim converte
E em mim converte em choro o doce canto
Mas se todo o mundo é composto de mudança
Troquemos-lhe as voltas, que inda o dia é uma criança
E afora este mudar-se cada dia
Outra mudança faz de mor espanto
Que não se muda já como soía
Que não se muda
Que não se muda já como soía
Mas se todo o mundo é composto de mudança
Troquemos-lhe as voltas, que inda o dia é uma criança