No Largo do Rato, as activistas organizaram uma assembleia para decidir as Reivindicações Em Chamas que informarão os próximos passos.
Na assembleia, em que foram debatidas um total de 24 propostas, foram aprovadas por consenso forte as seguintes Reivindicações Em Chamas:
Menos Aviões
1) Proibição da construção de novos aeroportos em Portugal
Nem no Montijo nem em lado nenhum: Portugal cessa imediatamente os projectos de construção de novos aeroportos.
2) Proibição imediata de voos domésticos em Portugal continental
Acabar já com rotas aéreas domésticas no continente, com destaque para a ligação Lisboa-Porto
3) Obrigação da média da taxa de ocupação dos voos ser acima dos 60%
Taxa média de ocupação para combater o excesso de voos com poucos passageiros, que pode ser fiscalizada por exemplo anualmente
Transição Justa
1) Formação Profissional nos Empregos para o Clima
Para todos os trabalhadores e antes de encerramento das empresas, formação profissional para empregos na mobilidade sustentável, paga pelas empresas de aviação
2) Garantia e Prioridade nos Empregos para o Clima
Garantia de emprego digno em novos sectores de mobilidade sustentável para todos os trabalhadores do sector de aviação
3) Rendimento de Transição
Alguns trabalhadores ficarão no sector mas a maioria precisaria de formação profissional e novos empregos, e outros podem preferir reforma antecipada. Independentemente da sua escolha final, para garantir que a transição não piora as condições de vida de ninguém, garantia de rendimento durante dois anos a todos os trabalhadores do sector, responsabilizando as empresas.
Mais Ferrovia
1) Ligar por Ferrovia Todas as Capitais de Distrito
De momento, só é possível viajar por todo o país de carro, e há ainda 3 capitais de distrito não servidas pela ferrovia: Bragança, Vila Real e Viseu. Para uma maior acessibilidade e coesão do território, todas as capitais de distrito têm de ligar-se por ferrovia até 2024
2) Tornar todo o sistema ferroviário (antigo e novo) eléctrico com energia 100% renovável até ao final de 2024
No Programa Nacional de Investimentos 2030, o governo propõe 100% de electrificação até 2030. Porém, esta medida é urgente e deve estar concluída dentro de um prazo de 3 anos.
Junta-te à luta!
Nenhum mecanismo de mercado, nenhuma tecnologia inovadora, nenhum governo com boas intenções, nenhum colapso pandémico vai cortar as emissões e construir justiça climática por nós. Somos nós aquelas de quem estávamos à espera. Nós, pessoas comuns, temos de agir – e agir agora – em defesa dum planeta justo e habitável.