A coligação de ONG’s Counter Balance
lançou uma análise ao Banco Europeu de Investimento sobre a sua
suposta transição para se tornar num Banco Climático da União Europeia.
Apesar das boas intenções, este processo não está sequer alinhado com o
Acordo de Paris permitindo, por exemplo, o
investimento em expansão aeroportuária até ao final de 2022.
A Política Agrícola Comum está a levar à ruína, em média, 1.000 pequenos agricultores europeus por dia. Os pequenos agricultores não podem competir com as grandes empresas e são obrigados a desistir da sua actividade. Esta situação deve-se à maneira como o pacote agrícola de bilhões de euros da Europa está configurado. [1]
Ele dá a maior parte do dinheiro às grandes empresas do agro-negócio que estão a provocar a crise ambiental.
São essas fazendas industriais que usam grandes quantidades de
fertilizantes artificiais, pesticidas químicos e antibióticos - todos prejudiciais para a nossa saúde e o meio ambiente.
Os líderes europeus estão em negociações finais sobre este acordo (conhecido como Política Agrícola Comum - PAC) que financia as fazendas industriais nos próximos anos. [2]
Mais de 120.000 de nós já assinaram a petição pedindo à Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que se oponha a este mau negócio. Mas quanto maior ficar, mais claro ficará para ela que precisa parar com isso. Quer acrescentar o seu nome?
A campanha Fossil Free Politics , que defende processes políticos que excluem as multinacionais de combustíveis fósseis e na qual participamos desde o início, produziu um relatório sobre os fundos de recuperação COVID-19 capturados pela indústria fóssil.
proTEJO MOBILIZA-SE “PELA DESPOLUIÇÃO DO
RIO NABÃO”, ”POR UM TEJO LIVRE” DE AÇUDES E BARRAGENS E POR CAUDAIS ECOLÓGICOS
NOS PLANOS DE GESTÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
O movimento proTEJO
centrará a sua atuação durante o ano de 2021 na mobilização e sensibilização dos cidadãos da bacia do Tejo para a
despoluição dos afluentes do rio Tejo, para defenderem a biodiversidade de um rio Tejo e afluentes livres de
barragens e açudes, com dinâmica fluvial adequada à preservação dos fluxos
migratórios das espécies piscícolas e ao usufruto das populações ribeirinhas, e
pela definição de caudais ecológicos nos
planos de gestão da região hidrográfica – 2022/2027, nomeadamente, à entrada
do rio Tejo em Portugal na barragem de Cedilho e na Ponte de Muge, atuais
pontos de controlo dos caudais mínimos da Convenção de Albufeira.
1.Pedido de informação à APA sobre os
resultados das amostras recolhidas em dez 2020 no açude de Abrantes e
situação da poluição nos afluentes do Tejo
11/janeiro
NA
2.Elaboração de iniciativa legislativa de
cidadãos para a proteção dos cidadãos / ativistas ambientais para subscrição
no sitio do Parlamento
março
NA
3.Conferência de imprensa por
videoconferência para lançamento do Memorando “Por Um Tejo Livre”
29/janeiro
NA
4.Divulgação do Memorando “Por Um Tejo
Livre” junto de pescadores, comunidade científica, associações , empresários
regionais, instituições governamentais, organizações não governamentais e
autarquias
janeiro
a maio
NA
5.Reuniões por videoconferência tendo em
vista a divulgação das posições do proTEJO sobre a poluição, os caudais
ecológicos e a importância de um rio livre com a divulgação do memorando “Por
Um Tejo Livre”
c.Organizações Governamentais e Não
Governamentais
d.Autarquias
e.Decisores políticos (governo, autarquias
e parlamento)
6.Apresentação de alegações na participação
pública do projeto de Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo a ser
apresentado pela Agência Portuguesa do Ambiente em janeiro de 2021
janeiro
a junho
NA
7.Campanha de angariação de adesões ao
proTEJO
início
em janeiro
NA
B -
Sensibilização Ambiental
8.Realização de parcerias com movimentos
cívicos e ambientalistas (Greve Climática, Climáximo, etc.)
janeiro
a dezembro
NA
9.Ação junto da comunidade escolar Educação
Ambiental – “Água e Rios” - Teatro infantil / juvenil sobre ecologia e o rio
Tejo
janeiro
a dezembro
Escolas
/ Municípios
10.“Vogar Contra a Indiferença” – “Pela
despoluição do rio Nabão” – Descida de Canoa do rio Nabão – Sobreirinho/Tomar
– 7 km
15/maio
Tomar
C - Mobilização
Cívica
11.Demonstração “Por Um Tejo Livre” – 22 de
maio de 2021 em frente ao Ministério da Agricultura em Lisboa durante a
realização da “2.ª Edição da Cimeira Europeia dos Rios - 2021” (European
Rivers Summit 2021 https://riverssummit.org) destinada a ativistas de luta
anti barragens
22/maio
Lisboa
Ministério
da Agricultura
12.Demonstração por um regime de caudais
ecológicos nos Planos de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo
18/setembro
Lisboa
Ministério do Ambiente
D – Conhecimento Ambiental
13.Participação na “2.ª Edição da Cimeira
Europeia dos Rios - 2021” (European Rivers Summit 2021
https://riverssummit.org) destinada a ativistas de luta anti barragens
22/maio
Lisboa
Fundação Gulbenkian
14.“Tejo Vivo e Vivido – Seminário para a
recuperação do rio Tejo e seus afluentes”, sob o tema “A biodiversidade, os
ciclos ecológicos e os rios livres”
16/outubro
Vila
Nova da Barquinha
15.Encontros com o Tejo e Educação Ambiental
– ““Turismo de natureza no Tejo como polo de desenvolvimento regional” -
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém
13/novembro
Santarém
Presencial
/ Online
16.Jornadas sobre “Direito ambiental dos
recursos hídricos” dirigida a juristas e magistrados
Na sequência da crise económica desencadeada pela Covid-19, os
principais bancos centrais a nível mundial enveredaram por uma política
monetária com poucos precedentes. O Banco Central Europeu (BCE) não é
exceção, e os números são expressão deste novo ativismo.
Em dezembro, o programa de compras de ativos financeiros PEPP – Pandemic Emergency Purchase Pogramme chegou a um total de 1,85 biliões de euros. Ao longo do ano, foi lançando um volumoso programa de financiamentos de emergência à
banca comercial, com maturidades até três anos. Assim, a quantia de
euros “criada” para colocar na economia foi colossal, e o reflexo disto é
o balanço do BCE.
Tudo somado, o balanço do BCE subiu em quase 2,5 biliões de euros ao longo do ano de 2020, atingindo os 7 biliões,
69% do PIB anual da zona euro. Para efeitos de comparação, em 2010
valor do balanço encontrava-se em cerca de 2 biliões. Após vários anos
com tendência de aumentos, o ano de 2020 trouxe uma subida quase sem
precedentes.
Tendo em conta o prolongamento da crise económica resultante da
Covid-19, a injeção de fundos não deverá ficar por aqui. Julgando pela
experiência dos pacotes de estímulos dos anos anteriores, este dinheiro
não deverá ser retirado da economia “real” tão cedo, e os atores
políticos contam que esta dure mais tempo.
A quebra económica teve poucos precedentes, e o ativismo do BCE
acompanhou-a. Assim, conseguiu-se para já defletir um colapso nos preços
dos ativos financeiros e uma onda de insolvências por toda a economia, possibilitando políticas como as moratórias ao crédito.
A política massiva do BCE foi eficaz a impedir o aparato económico de
se estilhaçar, no entanto, vivemos num tempo em que uma parte do
aparato económico deve ser desmantelado e substituído. O setor da
energia ligado às emissões de gases com efeito de estufa tem de passar à
história, e a produção de energia por fontes renováveis tem de tomar o
seu lugar.
Com as emissões de gases com efeito de estufa a apresentar sucessivos
aumentos – só interrompidos pelas crises económicas – as concentrações
destes na atmosfera deixam-nos poucos anos para reconverter as formas
como produzimos (e consumimos) energia. Um sistema energético alimentado
por energias renováveis, acompanhado de um paradigma diferente em
setores como os transportes, agricultura e floresta é crucial para
evitar o colapso das condições de habitabilidade do planeta.
Não seria difícil conceber um cenário em que a política do BCE
tivesse canalizado os recentes fundos em quantias massivas não só para
impedir o colapso generalizado da economia, como também para realizar a
transição energética necessária.
No entanto, essa possibilidade esbarraria com o que é a atuação do
BCE ao longo dos anos – os programas de estímulos através de compras de
ativos a privilegiarem setores fósseis.
Junta-se a isso a impossibilidade de a política monetária só por si ser
capaz de subverter o apoio já dado pelos governos às indústrias
fósseis. Ao longo dos anos às indústrias fósseis foram erguidas pelos governos, e os próprios programas de estímulos fiscais dos últimos meses certificaram-se que setores altamente poluentes se mantêm de pé.
Uma transição energética terá de passar por programas holísticos dos
Estados, abordando as várias fases de produção e utilização de energia,
algo além daquilo que um banco central pode fazer isoladamente através
de ajustes cirúrgicos na sua política.
Fechar uma central de energia com fontes fósseis e construir no seu
lugar uma baseada em fontes renováveis é uma tarefa que tem de ser
empreendida pelos Estados. O apoio da política monetária surgirá depois
disso.
Os programas de transição energética serão sempre dispendiosos. As
possibilidades de atuação dos bancos centrais trazidas ao de cima
recentemente, conjugadas com o contexto de depressão económica em que
vivemos, abrem o espaço para estes apoiarem planos massivos e cruciais
dos governos para efetuar a transição energética.
Durante estes meses, quantidades enormes de dinheiro passaram ao lado
de (ou jogaram mesmo contra) uma transição energética. Isto constitui
uma derrota para preservar um planeta habitável. O tempo para fazer uma
transição energética é limitado e as oportunidades para a fazer vão
escasseando. Não sobrarão muitas mais oportunidades para nos depararmos
com uma derrota esmagadora e definitiva.
Polícia
militarizada a 27 de Outubro em Standing Rock. Foram presos 141 membros
da tribo Ponca Nation, enquanto tentavam pacificamente travar o
Oleoduto Dakota Access. (Ryan Vizzions)
Como
membra da Nação Ponca, a viagem que a minha família fez, desde a nossa
terra natal para o que se tornaria hoje em dia o Oklahoma, ocorreu em
1877. O meu avô tinha oito anos quando foi obrigado a andar, sob ameaça
de baioneta, desde Dakota do Sul com os seus pais e avós. Centenas de
tribos foram forçadas a percorrer muitas “Trilhas de Lágrimas” em todo o
país.
Milhões
não sobreviveram à viagem, mas a devastação do espírito e da cultura
ficou como parte da nossa memória genética. Permanece também o nosso
conhecimento ancestral que nos permite viver em equilíbrio com a Terra e
a filosofia que nos guia para cuidar das próximas sete gerações.
Avançando
para os dias de hoje. O movimento “Land Back” está a ganhar
reconhecimento popular e as estátuas racistas e nomes de equipas
desportivas estão a desaparecer. Apesar destes progressos, a administração do Trump,
os governos estaduais e a indústria de combustíveis fósseis estão a
atentar à maior apropriação de terras indígenas desde o ‘’Indian Removal
Act’’ de 1830.
Além
disto, o relógio climático continua a esgotar-se enquanto os americanos
continuam a debater-se com a saga contínua das eleições presidenciais e
o aumento das mortes da Covid-19. Sob o manto de uma pandemia e ansiosa
por uma última golfada de ar, a indústria de combustíveis fósseis tem
fechado acordos para o controlo das terras indígenas com o governo
cessante de Trump, e os seus aliados do Partido Republicano no Congresso.
Do
refúgio Ártico ao ‘’Bayou’’, não é novidade para os povos indígenas que
tantas atividades de petróleo e gás sejam colocadas nas suas terras
tribais ou perto delas, contaminando o solo, rios, aquíferos e o ar, ao
mesmo tempo que agravam a crise climática e afetam diretamente a saúde
da comunidade. Somos considerados “comunidades de sacrifício”.
O
Oklahoma tornou-se num estado dependente da indústria dos combustíveis
fósseis. Hoje é o lar da maior convergência do mundo de oleodutos e
gasodutos em envelhecimento e de milhares de terremotos provocados pelo
homem devido ao fraturamento hidráulico. Na minha pequena tribo Ponca,
nós realizamos um funeral
quase todas as semanas devido a morte por doenças relacionadas com os
combustíveis fósseis. Todas as nossas famílias têm vários casos de asma,
doenças cardiovasculares e cancros originados pela actividade
industrial. Os nossos poços estão tão poluídos que a nossa tribo agora
tem que comprar água.
A nossa terra é tão tóxica que os alimentos orgânicos não podem ser
cultivados num raio de 25km. Eles chamam a isto progresso económico. Nos
chamamos genocídio ambiental.
Em Julho de 2020, parecia que a mudança estava a caminho. Numa decisão
histórica, o Supremo Tribunal reafirmou que grande parte do leste de
Oklahoma está dentro das reservas indígenas. Esta decisão é conhecida
como a decisão ‘’McGirt’’, e teve vastas implicações tais como, a
reafirmação da soberania tribal sobre a legislação ambiental. Mas a
anulação desta vitória já tinha sido planeada 15 anos antes.
Poucos
dias após a decisão do Supremo Tribunal e em consulta com a ‘’Petroleum
Alliance of Oklahoma’’, o Governador Kevin Stitt (R-OK) detonou uma
granada ambiental há muito escondida. Em 2005, o Senador Inhofe (R-OK)
discretamente anexou um “Midnight Rider”
a um projeto de lei, que não estava relacionado com questões
ambientais, e que dava ao estado e à EPA, autoridade ambiental sobre as
terras tribais. Em agosto, devido a pandemia do Covid-19 a maioria dos
escritórios tribais em todo o estado fecharam. Nesse momento, os
governos tribais foram informados por correio que teriam poucos dias
para “comentar” a aquisição da EPA. Pouco depois, infringindo sobre o
nosso direito ao consentimento prévio e informado, o administrador de
Trump da EPA, Andrew Wheeler, comunicou que as tribos foram
“consultadas” – o que não reflete, de maneira nenhuma, que qualquer
consentimento tenha sido dado. E o negócio foi simplesmente fechado. Mas
o Governador Stitt ainda quer muito mais.
Foi
revelado num memorando ao Congresso chamado “One Oklahoma”, que Stitt
está a trabalhar para retirar a soberania reconhecida federalmente às 39
tribos existentes. Este plano abre caminho para um maior
desenvolvimento da indústria do petróleo e do gás. Este memorando é
coassinado por vários aliados de Trump, nomeadamente o “Padrinho do Fracking“, o multibilionário Howard Hamm da Continental Resources,
uma das maiores empresas petrolíferas independentes do país. Mas, mais
do que isso, ameaça retirar os nossos direitos do tratado, a nossa
herança e cultura – e é o plano base para retirar os direitos dos povos
nativos em todo o país.
A
luta pelos direitos indígenas nunca foi tão importante para toda a
humanidade como é agora. Não é por acaso que mais de 80 por cento das
florestas intactas e da biodiversidade remanescentes do mundo são em
terras indígenas. Somos líderes globais dos movimentos verdes, incluindo
dos Direitos da Natureza, que confere estatuto legal aos ecossistemas. A
minha própria tribo, com a ajuda de grupos como o Movement Rights,
foi a primeira nos Estados Unidos a reconhecer que em terras tribais, a
natureza – da qual os humanos fazem parte – tem o direito legal de
existir e regenerar os seus ciclos vitais.
Em
2016, Mni Wiconi, ou a “Água é Vida”, entrou no espaço lexical
americano quando centenas de milhares de pessoas juntaram-se aos povos
nativos na Reserva Standing Rock.
Nós viemos para impedir que o oleoduto DAPL passe sob o rio Missouri,
para proteger a água sagrada em nome das seis tribos e dos 17 milhões de
americanos que vivem aqui. Muitos de nós enfrentaram canhões de água da
polícia, num ambiente de temperaturas muito baixas; fomos marcados com
números nos braços, com canetas de tinta permanente, e aprisionados em
jaulas para cães. O meu número era o 138. O número do meu filho era o
4838. Depois da manifestação em Standing Rock,
muitos estados aprovaram leis que criminalizam os protestos contra as
atividades de combustíveis fósseis, incluindo em Oklahoma.
Nós
vamos sempre por os nossos corpos em risco para proteger a fonte de
toda a vida, a Terra e as gerações futuras, incluindo a tua. As soluções
para um futuro verde baseado na vida em equilíbrio com a Terra já
existem, e os povos indígenas detêm o conhecimento ancestral essencial
para essa mudança. Nós vamos lutar contra o One Oklahoma
nos tribunais, no Congresso, assinando petições e nas linhas de frente.
Nós precisamos que te juntes a nós. Afinal, não somos humanos a
proteger a natureza; nós somos a natureza, protegendo-se a si mesma.
Casey
Camp Horinek é uma anciã e embaixadora ambiental da Nação Ponca de
Oklahoma e lidera as campanhas do Movimento de Direitos de Oklahoma e
dos Direitos Indígenas da Natureza
A organização Friends of the Earth produziu um curto folheto onde expõe os perigos do acordo UE-Mercosul.
O folheto aborda 4 tipos de perigos:
> a forma como o acordo vai contribuir para agravar as alterações climáticas;
> a forma como vai contribuir para acentuar as desigualdades;
> a forma como ameaçará os Direitos Humanos;
> os perigos que coloca em termos de saúde pública devido às questões alimentares.
A TROCA elaborou uma tradução para português do folheto.
A organização FERN também produziu um curto folheto no qual denuncia os perigos do acordo UE-Mercosul para as florestas tropicais, para a biodiversidade e para as comunidades indígenas. O folheto consegue sintetizar e tornar acessível a pesquisa disponível num relatório da Imazon a que já tínhamos feito alusão.
Continua a valer a pena assinar a petição da rede STOP UE-Mercosul Pt.
A situação talvez seja ainda mais séria do que pensávamos.
Enquanto a Lista Vermelha Europeia da IUCN mostra que 37% das espécies de abelhas (1) e 31% das espécies de borboletas diurnas (2) estão em declínio ...
… Que a maior parte destes insetos essenciais são endémicos da Europa, ou seja, se desaparecessem no nosso continente, desapareceriam definitivamente da superfície do globo … (3)
… Análises realizadas na Alemanha sugerem que este declínio também está ocorrendo em regiões protegidas, como parques nacionais e regionais (4) especialmente concebidos como refúgios para a biodiversidade ameaçada principalmente pela intensificação da agricultura industrial!
Por outras palavras: a ténue rede de segurança que nossas civilizações colocaram para garantir um reservatório de biodiversidade preservada no caso de ser massacrada pelo descontrole de nosso estilo de vida, talvez já esteja obsoleta ...
… E nada pode alcançar a extinção dos polinizadores e o colapso em cascata das cadeias alimentares que resultará disso!
A diversidade de plantas com flores já está em rápido declínio devido à falta de polinização em mais de 80% dos locais estudados no Reino Unido e na Holanda (5) ; e internacionalmente, uma em cada cinco plantas está ameaçada de extinção (6).
Em algumas partes do mundo, os cientistas já medem as consequências da perda da polinização no empobrecimento dos agricultores e de suas famílias (7) ...
... e soar o alarme sobre as deficiências nutricionais e as mortes que ocorreriam em todo o planeta, inclusive nos países mais ricos, no caso do desaparecimento dessas preciosas forrageadoras (8) , responsáveis pela reprodução de mais de 80 % de frutas, vegetais e plantas aromáticas que precisamos comer adequadamente (9).
Muitas pessoas, incluindo nossos políticos, acreditam que esse declínio é, se não reversível, pelo menos recuperável .
Que podemos permitir a reautorização de pesticidas que são notoriamente tóxicos para abelhas e polinizadores selvagens , como a França fez recentemente com os neonicotinóides ...
... porque as pequenas reservas naturais que se instalaram em certas regiões preservadas permitirão em poucos anos repovoar todo o território e substituir os polinizadores sacrificados para preservar os benefícios dos gigantes agroquímicos ...
Os números que nos chegam da Alemanha tendem a mostrar que não é assim : é possível, pelo contrário, que os insetos dizimados sejam para sempre!
Se essas revelações forem confirmadas em França, elas poderiam definitivamente pôr fim aos pequenos arranjos de lobbies da agroindústria com as autoridades ...
... e finalmente acelerar a transição essencial para um sistema agrícola que respeite os ecossistemas e a biodiversidade da qual depende!
Diante das evidências contundentes de um colapso iminente - e irreversível - de nosso sistema de produção de alimentos, que dirigentes ainda ousariam afirmar que é mais importante defender um interesse económico particular e de curto prazo ?!
Fonte: www.POLLINIS.org
Num dos seus derradeiros atos como Presidente,
Trump vendeu o direito a 11 terrenos para a exploração de petróleo, mas
os gigantes do setor não parecem ter demonstrado grande interesse. 9 dos
direitos foram vendidos a uma agência governamental e 2 a pequenas
empresas. O valor da venda dos direitos foi menos de 1% do que se
esperava obter. O ceticismo sobre a capacidade de explorar estas zonas
dada a forte oposição de ativistas é apontado como causa do fraco
interesse.
A informação parte de fontes próximas do novo
Presidente dos Estados Unidos da América. Este projeto teria como
objetivo transportar explorações de areias betominosas desde as
florestas boreais do Canadá às refinaria nos Estados Unidos no Golfo do
México. Este projeto já tem 15 anos, tendo sofrido avanços e recuos.
Além desta decisão, Biden também deverá quase imediatamente reinserir os
EUA no Acordo de Paris
Segundo o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil
(SPAC), a TAP apresentou uma contraproposta que inclui a dispensa de 458
pilotos e redução de remunerações. O plano de reestruturação da TAP
entregue à Comissão Europeia, prevê o despedimento de 500 pilotos, 750
tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e
250 das restantes áreas. O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa
salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da
companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.
João Matos Fernandes disparou por todos os
ângulos. Afirmou que as despesas da descontaminação dos solos e do fim
dos postos de trabalho em Matosinhos é responsabilidade da Galp, não
indo esta beneficiar de fundos Europeus para o efeito. Afirmou que a
principal preocupação da empresa não é a transição energética mas a
falta de clientes para as duas refinarias. Mostrou surpresa por a
empresa ter informado a decisão de encerramento primeiro ao mercado, e
só depois aos trabalhadores. Sublinhou ainda “É mau, está mal que assim
seja feito. Não é assim que se faz. Fui gestor muitos anos e não
procederia assim”.
Galp entra no negócio do lítio, pagando 5,2
milhões de euros por 10% de empresa subsidiária da Savannah que detém a
concessão de lítio das Covas do Barroso. Está também garantido um acordo
de fornecimento garantido à Galp de até 50% do lítio que a Savannah
extraia em Portugal. Questionada sobre o destino que dará a este lítio, a
Galp não quis confirmar se vai avançar para a construção de uma
refinaria. A Savannah submeteu em Junho do ano passado, à Agência
Portuguesa do Ambiente (APA), o relatório síntese do Estudo de Impacte
Ambiental, bem como o Plano de Lavra para a exploração de lítio na Mina
do Barroso. O projecto ainda aguarda luz verde para avançar no terreno.
Sai Carlos Gomes da Silva, entra Andy Brown,
antigo gestor da Shell e consultor de startup de hidrogénio para aviões.
A sua nomeação deve ser confirmada em assembleia geral a realizar este
ano e na qual se antecipam mais mexidas na comissão executiva da Galp. Em intervenções publicas anteriores,
este novo gestor da Galp aponta como o caminho para a descarbonização
“eletrificar rapidamente, temos de cultivar biocombustíveis, temos de
aumentar de forma massiva a captura e armazenamento de carbono”, ou
seja, insiste ou em medidas ineficientes, ou em falsas soluções.
João Matos Fernandes disse que a intenção do
Governo é que seja instalada uma refinaria de lítio em Portugal. Esta
serviria para prepara lítio para a fabricação de baterias para carros
elétricos. A suposta localização não está definida, mas Vila Pouca de
Aguiar e outras autarquias já exprimiram o desejo de ter esta refinaria.
Assim, em nome da transição energética e da criação de postos trabalho,
o plano de esburacar Portugal segue me marcha.
O preço do petróleo passou os 50 dólares pela
primeira vez desde a crise do coronavirus. Esta subida foi em parte
ajudada pela promessa da Arábia Saudita de reduzir a sua produção de
crude. Esta subida vem na sequência de um ano de baixos preços, tendo
mesmo o petróleo chegado a transacionar a valores negativos em Abril do
ano passado. No entanto, o setor fóssil da exploração de xisto –
dependente de valores mais altos para poder ser operável – não conta
voltar para já a produzir.
Governos de Itália dos Países Baixos entre o colapso e eleições antecipadas
Em Itália,
Matteo Renzi, retirou o apoio do seu partido Viva Italia ao governo de
Conte. Em causa, está a atuação do governo na resposta à pandemia e a
utilização dos fundos económicos para a combater. Para se manter no
governo, Conte terá que encontrar novos apoios de partidos pequenos e
deputados independentes. Para já eleições antecipadas não estão à vista,
podendo o Presidente Sergio Mattarela tentar formar um novo governo sem
Conte.
Já nos Países Baixos,
uma crise deflagrou devido a um escândalo sobre falsas acusações de
fraude a famílias que receberam subsídios do estado. Tendo acusado estas
famílias de receberem os rendimentos de forma fraudulenta, o estado
obrigou estas a devolver milhares de euros. Muitas destas famílias foram
conduzidas à ruína financeira, dívida, divórcios, interrupção de
estudos, entre outras consequências nefastas. Com a pressão a
acumular-se, Mark Rutte retirou-se, depois de quase 10 anos no poder. O
governo mantém-se em funções até às eleições agendadas para Março.
A temperatura
média à superfície do planeta foi 1,25ºC mais quente do que a média
pré-industrial. Basicamente empatou com 2016, sendo que este teve o El
Niño, que acrescenta temperatura, sem o qual 2020 seria sem ambiguidades
o ano mais quente de sempre. Assim, os últimos 6 anos foram os 6 mais
quentes de que há registo. No caso da Europa, foi o ano mais quente de
que há registo, com temperaturas 1,6ºC acima da média de longo prazo,
num ano marcado por uma onda de calor em países como a França. No que
toca ao Ártico e ao norte da Sibéria, as temperaturas tiveram 3ºC acima
da média de longo prazo, chegando este excesso aos 6ºC em algumas áreas.
Esta zona do planeta é crítica, podendo desencadear fenómenos de
retro-alimentação, como fogos florestais, libertação de metano e redução
do albedo que mantém as temperaturas mais baixas. Em 2021, a
concentração de CO2 na atmosfera deverá passar uma marca histórica,
ultrapassando as 417 partes por milhão, ficando 50% acima da média
pré-industrial.
Os dados são
avançados pela “Munich Re”, uma resseguradora. Estes danos foram
resultado sobretudo de furacões e fogos florestais. Em 2020, o custo dos
danos causados por estes fenómenos duplicaram nos Estados Unidos, em
relação ao ano anterior. Este passou a ser o terceiro pior ano desde
2010. A temporada de furacões foi excepcionalmente forte: além de contar
com um número maior deste fenómenos, as alterações climáticas estão a
fazê-los abrandar quando atingem o continente, causando mais danos nas
densamente povoadas zonas costais. Já os fogos florestais não se ficaram
pela Califórnia, chegando ao Oregon, onde cerca de 4.000 casas foram
destruídas.
A vaga de frio
que atingiu Portugal continental tem conduzido a falhas de
electricidade. Em especial na zona da Grande Lisboa, os altos consumos
de electricidade para aquecer as habitações têm levado a cortes nas
linhas de baixa tensão. O incremento do tele trabalho nas últimas
semanas também poderá estar a contribuir para esta tendência. A REN –
que gere a distribuição de energia – assinalou na terça-feira, que no
dia 6 de Janeiro, tanto o consumo de electricidade quanto o de gás
natural atingiram novos máximos históricos. O novo pico de consumo de
electricidade foi atingido às 20h00, com 9.546 megawatts (MW).
A
noite de 5 para 6 deste mês foi a mais fria da história da Espanha e da
Península Ibérica. O recorde de temperatura mínima foi atingido na
região da Catalunha, registando temperaturas de -34,1ºC. Este registo
foi atingido num ponto nos Pirenéus centrais localizado a 2.305 metros
de altura. Só em 1956 os termómetros tinha, descido tanto, atingindo na
altura os -32ºC.
A maior
empreitada de sempre adjudicada no final de 2020 pela Câmara Municipal
de Lisboa será destinada a proteger a cidade de chuvas e cheias. A
empreitada de 133 milhões de euros consistirá em túneis de drenagem de
Lisboa, integrados num complexo sistema que percorre toda a cidade. As
obras devem arrancar já no mês de Março e prolongam-se até meados de
2024. Este tipo de fenómenos deverá ser cada vez mais frequentes com o
avanço das alterações climáticas. Assim, ação é tomada para acomodar as
alterações climáticas, mas não para as evitar.
Um grupo de
autarcas, empresários e especialistas técnicos da zona norte de Portugal
enviou um pedido de audiência para debater a solução encontrada pelo
Governo para a requalificação da rede ferroviária nacional. Estes
contestam a continuidade da bitola ibérica, que continuará a obrigar ao
transbordo de passageiros e mercadorias para transporte além-Pirinéus,
assim deixando inalterada a situação de isolamento nacional em termos
ferroviários.
Enquanto se ia
confirmar Joe Biden como Presidente dos Estados Unidos da América,
Donald Trump incentivou através das redes sociais uma multidão de
manifestantes a entrar no capitólio americano. Isto acontece na
sequência de meses com Trump a reclamar por uma suposta fraude eleitoral
que lhe terá roubado a presidência dos Estados Unidos. Os políticos
presentes no Capitólio tiveram que fugir, enquanto a multidão vandalizou
escritórios, partiu janelas, roubou vários objetos e vários
manifestantes posaram para fotografias na Câmara do Senado à vez. A
presença policial face à quantidade de manifestantes foi especialmente
baixa, e existem vários indícios de que esta terá mesmo facilitado a
entrada da multidão. Uma mulher acabou baleada e morta nos confrontos
dentro do Senado. Entretanto Joe Biden foi confirmado como Presidente
dos Estados Unidos da América e várias redes sociais baniram Donald
Trump.
No que
constitui a maior descoberta de gás na Indonésia dos últimos 18 anos, a
Repsol recebeu autorização para avançar com o seu plano de
desenvolvimento do Bloco Sakakemang. A petrolífera, que prevê investir
cerca de 260 milhões de euros no arranque deste campo e reforçará a
prospecção durante o próximo ano. A existência de uma rede de gasodutos
no Sul de Sumatra facilita o processo, sendo que a distância
relativamente curta permite que a produção de petróleo e gás de
Sakakemang seja escoada rapidamente.
O grupo
norueguês DNV GL anunciou ter-se retirado dos trabalhos de verificação e
de certificação do projeto do gasoduto Nord Stream 2 entre a Rússia e a
Alemanha. Isto acontece face ao risco de sanções da administração
norte-americana. DNV GL foi contratado para controlar e validar a
qualidade das obras de assentamento do gasoduto, tanto do ponto de vista
técnico como de segurança. No entanto. os Estados Unidos da América não
vêem com bons olhos o aumento da dependência dos europeus face ao gás
russo e à influência de Moscovo, tendo assim avançado diplomaticamente
contra o projeto.
Numa das maiores operações judiciais no Reino Unido,
mais de 1.000 pessoas que fizeram parte das ações do Extinction
Rebellion (XR) foram levadas a tribunal. Advogados dos arguidos afirmam
que a escala de acusações e forçar de julgamentos mesmo durante a
pandemia não tem precedentes. O Extinction Rebellion afirma que mais do
que 3.400 pessoas foram detidas, com cerca de 1.700 acusadas, quase
todas por delitos menores como obstrução de vias. Cerca de 900 pessoas
foram consideradas culpadas e outras 800 foram julgadas ou estão a
aguardar julgamento. Investigadores que têm seguido os casos em tribunal
afirmam que acusar tantas pessoas por ofensas menores é altamente
invulgar, e apontam para pressão possível do governo, dado a ministra do
interior ter anteriormente apontado o XR como um grupo de criminosos
que coloca em causa “o modo de vida do Reino Unido”.