domingo, 25 de fevereiro de 2024

JP SIMÕES CANTA JOSÉ MÁRIO BRANCO

JP Simões canta José Mário Branco 

JP Simões canta José Mário Branco é um disco de homenagem a José Mário Branco, nascido no Porto, mas cidadão Universal, que continua mais vivo que morto, uma das  personalidades que mais marcaram a música portuguesa desde a década de 1960, como cantor, autor,  compositor, arranjador e produtor musical, e que nos deixou em 2019. 

Mas, como insere neste disco a canção "Mudam-se os tempos, Mudam-se as Vontades", do álbum do mesmo nome gravado em Paris em 1971 - onde José Mário Branco se encontrava exilado - com poema de Luís de Camões musicado e interpretado por José Mário Branco, JP Simões também está a homenagear Luís Vaz de Camões, já que celebramos este ano os quinhentos anos do seu nascimento. 

Todas as pessoas que oiçam e divulguem este trabalho,  estão a homenagear três dignos autores, criadores, interpretes e cidadãos Universais. De um mundo livre, igualitário, solidário e fraterno, onde a justiça seja lei e a harmonia entre os povos seja real e efectiva quotidianamente, sem donos nem senhores da guerra, declarada ou encapotada.  

Contando com a preciosa contribuição de Nuno Ferreira (guitarra e voz), Pedro Pinto (contrabaixo),  Ruca Rebordão (percussão) e Márcio Pinto (marimba e electrónica), o disco será editado pela editora  Omnichord Records no primeiro trimestre de 2024, ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de  Abril de 1974. 

Por apropriação profissional, creio que comecei a sentir-me cada vez mais próximo da música de José  Mário Branco à medida que a fui tocando e cantando, sempre que a oportunidade surgia. Como se a  espessura ética e poética das suas canções fosse progressivamente ocupando e fortalecendo um lugar  onde antes havia insegurança e incerteza, à medida que as fui cantando e cantando e acreditando cada  vez mais no que cantava. 

Depois de uma muito considerável quantidade de concertos centrados no seu trabalho, que foram  afinando essa proximidade, surgiu um convite para - porque não? - fazer um registo que lhe fosse  inteiramente dedicado. É uma voz agora oportuna e necessária a de José Mário Branco? É pungente e  transborda beleza e coragem? Sem dúvida. E aqui estamos. E o mais intrigante para mim é lançar um  disco onde pela primeira vez sou exclusivamente intérprete das canções de outra pessoa e sentir que é  talvez o disco mais íntimo que alguma vez produzi. Cabe-me agradecer ao autor este privilégio de me  sentir mais completo e menos só, na casa que ele construiu para todos". JP Simões