quinta-feira, 15 de agosto de 2024

11 de Setembro, 2024: 14ª Greve das Pessoas que Trabalham na Nobre, por trabalho com direitos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: SINTAB (Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal)

 

Começamos por realçar a resistência das pessoas, trabalhadoras e trabalhadores, que trabalham nesta corporação multinacional que, apesar das dificuldades inerentes aos miseráveis salários que recebem, persistem na luta por melhores salários, condições de trabalho, de higiene, segurança no trabalho e o fim da precariedade laboral.

Treze meses a perderem um dia de trabalho por mês e respectivos subsídios, persistem em enfrentar a prepotência e arrogância de uma corporação multinacional que adquiriu a empresa, com o objectivo de obter o máximo de lucro no mais curto espaço de tempo, explorando ao máximo a classe trabalhadora que garante e sustenta a ganância insaciável dos seus accionistas.

Esta corporação multinacional, como todas as outras, multinacionais ou não, por mais que explorem, oprimam e pilhem a riqueza produzida pelas pessoas da classe social trabalhadora, tem todo o apoio das autoridades oficiais locais, regionais e nacionais, ("Município distinguiu exemplos de sucesso em Gala Empresarial (...) Vencedores (...) Empresa Investidora: Nobre Alimentação". Boletim Municipal - junho 2024).

O prolongamento da luta, como nos demonstra a história da classe trabalhadora, corre o risco de quebrar pelo lado, fase à correlação de forças, mais fraco, isto é: perante as dificuldades inerentes ao rombo, todos os meses, nos miseráveis salários que recebem, pode levar pessoas a desistir, reduzindo, assim, as que resistem e persistem em continuar.

É imperioso reforçar a união, organização e determinação de todas as pessoas que trabalham na empresa, porque todas estão a ser exploradas, oprimidas e humilhadas por esta corporação multinacional. Para isso, é imperioso que as trabalhadoras e trabalhadores, assim como as suas organizações de classe, avancem no sentido de enfrentar a empresa de forma integrada, isto é, organizando-se e coordenando as suas lutas como um todo, e não como se fossem empresas distintas.

Se nos permitem, perante uma corporação multinacional, para a enfrentar, com forte probabilidade de vencer, as pessoas que nela trabalham devem organizar-se, unir-se e encetar as lutas de forma coordenada, solidária e fraternal, envolvendo as trabalhadoras e trabalhadores de todo o grupo, e não por país. 

Por último, consideramos que é fundamental que as trabalhadoras e trabalhadores, que estão a ser exploradas, oprimidas e humilhadas por esta corporação multinacional, recebam a solidariedade fraternal e o apoio de todas as pessoas, que trabalham e vivem em Rio Maior, comprometidas com a justiça social. Por exemplo, participando na marcha prevista para dia 11 de Setembro, da porta da empresa até à Câmara Municipal, ou, fazendo-lhes chegar mensagens de solidariedade e apoio à sua justa luta.

A luta é de toda a classe social trabalhadora e de todas as pessoas comprometidas com o fim da opressão, exploração, injustiça social, climática e a construção de uma comunidade humana solidaria, fraterna e em harmonia com a natureza. Um mundo onde a justiça seja Lei.