segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Vamos Defender a Vida! Exigindo o Fim do tóxico glifosato


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O glifosato é uma das coisas mais tóxicas que já foram feitas ao planeta, matando abelhas e envenenando ecossistemas inteiros -- e já foi detetado até em fraldas de bebés!! Mas dentro de semanas, a Europa pode finalmente proibir o uso deste pesticida letal. Por isso apelemos com urgência aos nossos legisladores para que votem a favor desta proibição, a mais ambiciosa até hoje. Assina e partilha por toda a parte!
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Caros amigos e amigas de toda a Europa,
O glifosato é conhecido como o pesticida que mata abelhas. Mas não são só as abelhas.

É uma das substâncias mais tóxicas jamais produzidas no planeta, com efeitos aterradores sobre a saúde. Já foi detetado em fraldas de bebés, pode causar problemas durante a gravidez, e um enorme estudo mostrou que aumenta o risco de certos cancros em mais de 40%!!

Mas dentro de semanas temos uma oportunidade única para proibir de vez este veneno.

Tudo vai ser decidido numa só votação no Conselho da UE -- e os gigantes da indústria dos pesticidas estão, agora mesmo, a puxar todos os cordéis para influenciarem os políticos e protegerem os seus lucros.

Não podemos deixar que isso aconteça.

Se não podemos confiar em todos os políticos para que tomem a decisão acertada, temos que confiar uns nos outros para criarmos a mudança de que precisamos -- a começar já. Em 2018 ganhámos uma vitória histórica contra pesticidas letais para abelhas, e agora vamos voltar a vencer! Assina agora e partilha com toda a gente. A Avaaz está a trabalhar com parceiros para levar as nossas vozes às negociações em Bruxelas.
Aos líderes da UE e aos representantes dos Estados-Membros no Comité Permanente sobre Plantas, Animais e Alimentos para Consumo Humano e Animal: 

Enquanto cidadãos preocupados de toda a União Europeia, pedimos que votem contra a volta da aprovação do glifosato presente em herbicidas muito utilizados em toda a Europa. Não devemos ser expostos a produtos tóxicos que não só danificam os nossos preciosos ecossistemas, como também prejudicam a nossa saúde e podem até causar cancro.
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Os pesticidas são bons para o lucro, não para as pessoas. E seguramente não para o planeta.

Os gigantes da indústria apresentam, repetidamente, relatórios enviesados para convencer os legisladores de que os pesticidas são necessários para alimentar o mundo. Mas os cientistas estão de acordo: pulverizar prados com químicos tóxicos é uma solução de curto prazo com consequências catastróficas e que a longo prazo vai diminuir a nossa capacidade para produzir alimentos.

Medidas simples, como a rotação de cultivos e inovações no setor agrícola que ajudam os agricultores a cooperar com a natureza em vez de a destruir, são proveitosas para todos. E, crucialmente, eliminando o glifosato, podemos finalmente pôr-nos no rumo de atingir uma redução de 50% dos pesticidas tóxicos até 2030. É por isso que esta votação vai ser tão importante.

Todos os países da UE desempenham um papel fundamental no processo de decisão e todos os votos contam! Por isso, onde quer que estejas, junta o teu nome para impulsionar o nosso apelo por uma proibição ambiciosa:

Ao longo dos anos, a nossa comunidade da Avaaz tem lutado para impedir que os gigantes dos pesticidas envenenem a Mãe Terra. Em 2018, ajudámos a conseguir a proibição dos neonicotinóides, que são mortais para as abelhas. Mas, para ganhar a longo prazo, também precisamos de leis que mantenham os químicos tóxicos fora dos nossos corpos, dos nossos pratos, e dos nossos parques infantis. Por isso, vamos dar tudo por tudo e pressionar a UE para avançar decisivamente, e hoje, para um mundo livre de pesticidas.

Com esperança e determinação,

Adela, Luis, Mike, Isabella, e toda a equipe da Avaaz
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A imagem acima foi gerada por IA, inspirada em fotos reais de trabalhadores espalhando pesticidas tóxicos


segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Saímos à Rua pelo Direito à Habitação e por Justiça Climática

Dia 30 de Setembro, as plataformas Casa para Viver e Their Time to Pay convergem, em Lisboa, numa manifestação pela habitação e por justiça climática, contra a precariedade e o aumento do custo de vida. Esta é a hora de irmos para a rua gritar pela NOSSA sobrevivência e pelo futuro nas/das nossas VIDAS e das nossas cidades.  

O problema do acesso à habitação é hoje reconhecido por toda a gente: é uma emergência nacional que exige soluções urgentes. Porém, ao longo dos anos, o governo entretém-se a anunciar pacotes de medidas sem resultados. De promessa em promessa, não resolve a crise de habitação, mantendo-se sempre subserviente aos interesses do sector financeiro, da construção e do imobiliário, que muito têm ganho com as sucessivas crises. 

A par da crise da habitação, é-nos imposto o aumento generalizado dos preços da energia, da alimentação, dos produtos essenciais. Pagamos os lucros extraordinários das petrolíferas, das grandes empresas do sector alimentar, dos bancos e de outras grandes empresas privadas, sem que os governos nada façam para travar este processo — pelo contrário, incentivando-o. Neste sistema, tudo é mercadoria, acessível apenas a quem pode pagar. 

Por outro lado, estamos a viver a crise mais aguda da história da humanidade, que tem como raiz o mesmo sistema que está a provocar a crise habitacional. Sem resolver a crise climática, todas as crises sociais, incluindo a habitacional, apenas se agravarão — seja pelo aumento de catástrofes climáticas extremas e da temperatura, seja pelas falhas no sistema alimentar, que têm já resultado em mortes e no agravamento das condições de vida de quem já está mais vulnerável neste sistema e menos contribuiu para estas mesmas crises. São estes fenómenos que têm, também, reclamado casas por todo o mundo, forçando à migração de milhões de refugiados climáticos, obrigados a deixar as suas vidas para trás em busca do direito ao lugar noutras regiões do planeta. 

A ligação entre as crises habitacional, climática e do custo de vida é inequívoca. Além da questão da pobreza energética, que condena milhares de pessoas ao frio e ao calor extremos dentro das suas próprias casas, devido às más condições de habitabilidade e aos elevados preços da energia, é também evidente que a construção de edifícios contribui fortemente para a degradação climática. A construção, apresentada pelo negócio imobiliário e pelo governo como uma solução central para o problema da habitação, é cada vez mais liberalizada, avançando para zonas rurais, agrícolas ou classificadas com alto valor ecológico. Se tiver como destino a especulação, esta não melhora o acesso à habitação: há 730 mil casas vazias — não é de mais construção privada que precisamos; precisamos, sim, de regulação e acabar com a especulação.

A desigualdade social no acesso à habitação e a degradação das condições de vida não são determinadas por uma inevitável lei da natureza: a lei que as rege é a maximização do lucro e o sistema que as perpetua é o capitalismo.

TUDO ISTO TEM DE MUDAR, AGORA.

A prioridade tem de passar por assegurar condições de vida, agora e no futuro, e por garantir o bem comum, em que a qualidade de vida não se resume a podermos aceder a uma habitação de qualidade, mas também a um bom ordenamento do território, energias limpas, eficiência energética, alimentos de qualidade e cuidados básicos.

Como elementos centrais, exigimos:

— Acabar com os despejos, as desocupações e as demolições sem alternativa de habitação digna que preserve o agregado familiar na sua área de residência;

— Baixar as rendas e fixar os valores, indexando aos rendimentos dos agregados familiares, nunca excedendo os 20%, e garantir a renovação dos contratos em vigor e a estabilidade residencial;

— Controlar preços nos sectores essenciais (alimentação e água; electricidade e aquecimento; arrendamentos de casas; saúde e cuidados);

— Baixar as prestações do crédito à habitação para um valor suportável nos orçamentos familiares, nos rácios internacionalmente estabelecidos, como é o caso das indicações da ONU, bem como fixar pelo banco público um spread máximo de 0,25%, e recorrer a medidas de urgência como as tomadas no tempo da pandemia nesta matéria;

— Rever as licenças para especulação turística: alojamentos locais, hotéis e apartamentos turísticos, garantindo a entrada desses imóveis no arrendamento urbano;

— Promover medidas céleres e funcionais para integrar no mercado de arrendamento os imóveis devolutos das empresas imobiliárias, fundos de investimento e grandes proprietários existentes no país, incluindo os imóveis do Estado nesta situação;

— Criar rapidamente mais alojamento estudantil e tomar medidas de urgência para garantir que todas as pessoas colocadas no ensino superior não abandonam o mesmo por falta de condições para ter acesso à habitação;

— Aumentar a habitação pública, social e cooperativa de qualidade;

— Acabar, de facto, com os vistos gold, com o estatuto do residente não habitual, com os incentivos para nómadas digitais e com as isenções fiscais para o imobiliário de luxo e para as empresas e fundos de investimento;

— Acabar com os paraísos fiscais;

— Adoptar energia renovável descentralizada, baseada na comunidade e controlada democraticamente, para atingir os 100% de eletricidade renovável até 2025;

— Tornar os transportes públicos gratuitos para toda a gente.

Contacto: manif.casaparaviver@gmail.com