domingo, 25 de fevereiro de 2024

AJUDE O PAI DA BÉBÉ LUSO-PALESTINIANA SOBREVIVENTE A 3 BOMBARDEAMENTOS EM GAZA

Campanha para travar o despejo do pai da bébé luso-palestiniana que sobreviveu a 3 bombardeamentos em Gaza e impedir a sua ida para uma instituição e a separação familiar

Ahmed Ashour é o pai da bébé luso-palestiniana com pouco mais de 1 ano que sobreviveu miraculosamente a 3 bombardeamentos diferentes em Gaza e em que morreram praticamente todos os familiares e que está desde o final de novembro em Portugal com o seu único familiar direto sobrevivente, o seu pai.

Ahmed, também luso-palestiniano, encontra-se em Portugal há 10 anos, veio para estudar, por cá tem trabalhado e fez deste país o seu. A mulher e filhos tinham ido uns meses antes para Gaza, não prevendo a escalada grave que se seguiu, por necessidade de terapias específicas para um filho com necessidades especiais que em Portugal se tornavam incomportáveis enquanto aguardava em Portugal a reunificação familiar.

Nos bombardeamentos a Gaza em meados de novembro, Ahmed perdeu os dois filhos, a mulher, os pais e 2 irmãos, só Nour sobreviveu 3 vezes entre os escombros. No total, contando com os familiares diretos e a família alargada, Ahmed já perdeu 20 familiares nesta guerra e, dos 2 irmãos que ainda estão vivos em Gaza, um deles foi gravemente ferido e o outro teve ferimentos ligeiros.

Quando Nour chegou a Portugal foi internada no Hospital Santa Maria. Teve alta clínica 2 semanas depois mas não lhe foi atribuída alta social durante mais umas semanas devido à situação financeira grave e ao facto da atual casa do seu pai nessa altura, não possuir frigorífico, fogão ou máquina de lavar e pelo facto de ter uma divisão com o teto em risco de ruir, apenas com umas vigas finas improvisadas a suster o teto.

Após as primeiras notícias sobre este caso em alguns canais de televisão, Ahmed recebeu alguma ajuda com eletrodomésticos e equipamentos e géneros/roupas para a bébé. No entanto, apesar de já estar a viver com a sua filha, Ahmed continua desempregado, endividado, sem dinheiro para pagar a sua renda e na iminência de despejo a qualquer momento.

A família está a ser monitorizada pela CPCJ e é imprescindível Ahmed resolver a sua situação financeira grave para se poder manter com a sua filha e para que esta (“a sua razão para viver”, como disse na reportagem da SIC de finais de novembro) não seja entregue a uma instituição.

O objetivo da campanha é que Ahmed consiga ter dinheiro suficiente para pagar a sua dívida de renda acumulada (tem uma ação de despejo em tribunal por esta dívida – mais informações na secção “Orçamento e calendarização) e arrendar uma outra casa que já possua condições de segurança em termos habitacionais até que se consiga reorganizar para voltar a trabalhar e para manter a nova casa.

Se Ahmed não conseguir resolver muito rapidamente a sua grave situação financeira e não travar o mais rapidamente possível a ação de despejo em tribunal, corre o risco de a qualquer momento ser despejado e a sua filha ir parar a uma instituição. Através do seu contributo poderemos impedir que aconteça mais uma tragédia a esta família, que seria a separação de Ahmed e Nour, depois de já terem sofrido tantas tragédias familiares em tão pouco tempo, e poderemos ajudar a criar um final mais feliz para esta história.

(é possível fazer donativos através do MB Way)

 
 

Sobre o promotor

O meu nome é Ricardo, não pertenço a nenhuma instituição do tipo IPSS/associação ou ONG. Sou apenas um cidadão que ficou muito preocupado e sensibilizado com este caso que vi nas notícias e o meu objetivo é ajudar a resolver esta situação muito difícil e complexa em que Ahmed e Nour se encontram.

Fiquei bastante sensibilizado com o facto de me ter apercebido pouco tempo depois da notícia no final do ano passado que a bébé luso-palestiniana com pouco mais de 1 ano que sobreviveu ao que pensava ter sido um bombardeamento em Gaza e em que perdeu praticamente todos os seus familiares, afinal tinha sobrevivido a 3 bombardeamentos diferentes e foi logo no 1º bombardeamento que a sua mãe e irmãos foram mortos.

E quando li nas notícias que, Ahmed, o pai da bébé, se encontrava desempregado e em risco de despejo previ logo que este, depois de tantas tragédias sofridas em tão pouco tempo, pudesse correr ainda por cima o risco de não ter nem condições financeiras nem de habitabilidade para conseguir manter a sua filha.

E que a bébé, Nour, depois de tantas tragédias e de ter sido retirada de escombros de bombardeamentos 3 vezes, corria agora o risco de ser separada do seu pai e, depois de tantas tragédias familiares sofridas em tão pouco tempo, corria agora o risco de ir parar a uma instituição onde a probabilidade de vir a ter uma vida muito má, caso isto aconteça, deverá ser muito grande.

Entretanto, tive a ideia de criar uma campanha de crowdfunding em benefício de Ahmed e Nour. Consegui obter o contacto direto de Ahmed através do meu irmão que trabalha para um programa na SIC e que conseguiu o contacto. Depois encontrei-me pessoalmente com o Ahmed e falei-lhe da minha intenção de criar uma campanha de crowdfunding em seu favor.

No entanto, ele disse-me que naquele momento não tinha cartão de identificação (ou possivelmente não me quis passar este dado por estar desconfiado por não me conhecer). Infelizmente, não consegui, por este motivo, criar uma campanha de crowdfunding logo naquela altura. No entanto, contactei-o há pouco tempo, perguntei-lhe como é que estava e ele disse-me que continuava sem dinheiro para pagar a renda e que, a qualquer momento, corria mesmo o risco de ser despejado mas informou-me que já tinha outra vez um cartão de identificação válido e já pude criar esta campanha nesta plataforma.

Tal como eu previ na altura das notícias sobre este caso no final do ano passado, Ahmed recebeu alguma ajuda com eletrodomésticos (a casa antes não tinha frigorífico nem fogão, nem máquina de lavar mas ainda tem uma divisão em risco de ruir com umas vigas finas improvisadas para suster o teto) e equipamentos e géneros/roupas para a bébé, assim como outros apoios. Mas depois das notícias e depois da atenção mediática temporária, continua com problemas financeiros urgentes, continua desempregado e o risco de despejo está cada vez mais próximo de se concretizar e, se isso acontecer, deverá perder a sua filha para uma instituição. 

 
 

Orçamento e Calendarização

A dívida da renda surgiu inicialmente devido ao facto de o senhorio não ter acedido ao pedido de Ahmed e da sua mulher para fazer obras numa divisão da casa cujo teto estava em risco de ruir e onde foram apenas colocadas umas vigas finas improvisadas para o suster (ver foto na secção de fotos da campanha).

Ahmed e a sua mulher na altura não pagaram inicialmente a renda como forma de pressão para o senhorio fazer as obras necessárias. E foi nesta mesma altura que Ahmed e a mulher tiveram que começar a pagar cerca de 1000€ por mês para as terapias para o seu filho que tinha graves problemas de desenvolvimento. Foi este o motivo pelo qual a mulher e os filhos de Ahmed e da sua mulher foram depois para Gaza para tentar outras terapias para o filho que fossem menos incomportáveis financeiramente e para terem um maior apoio familiar.

Entretanto, Ahmed ficou desempregado em Portugal, sem dinheiro para a renda e foi passar alguns meses a Gaza para acompanhar de perto o seu filho. Voltou sozinho para Portugal e pouco tempo depois sofreu em muito pouco tempo as várias mortes dos seus familiares mais próximos e outros que já foram referidas atrás.

O primeiro objetivo da campanha é angariar fundos suficientes para pagar a sua dívida de renda acumulada (10.000€) e travar a ação de despejo que está iminente (tem uma ação de despejo em tribunal que a qualquer altura poderá ser acionada).

O segundo objetivo da campanha - e que corresponde ao restante valor solicitado - é angariar fundos suficientes para Ahmed pagar os primeiros meses de arrendamento de uma nova casa, assim como a respetiva caução e de modo a que este se consiga reorganizar para voltar a trabalhar e para manter o seu novo lar com Nour.

A campanha é válida de 16 de Fevereiro a 16 de Abril de 2024, até às 18.00h
 
https://ppl.pt/causas/bebe-gaza