terça-feira, 13 de setembro de 2022

Greve Climática 23 de Setembro: Fim ao Fóssil

Encontramo-nos à beira do colapso civilizacional.

Vemos os efeitos devastadores da crise climática diariamente. Os anos que vivemos são determinantes para lutar contra esta crise, ficando abaixo dos 1.5ºC de aquecimento global. O custo da inação é o fim da civilização como a conhecemos hoje e mesmo sabendo isto, o sistema atual leva-nos irresponsavelmente para o colapso, tendo apenas o lucro, e não a vida, como motor das suas decisões.

O pilar deste sistema é a indústria fóssil.

A única forma de impedir o aumento de temperatura e alcançar a neutralidade carbónica até 2030 é acabar com os fósseis. A única forma de salvaguardar o nosso futuro é através de uma transição energética justa urgentemente.

Temos barões do fóssil no governo português.

Nenhuma medida está a ser tomada para cortar emissões. Os governantes que deveriam estar a direcionar esta mudança lucram com a inação e destruição, começando pelo atual ministro da Economia e do Mar e Ex CEO da Partex Oil and Gas: António Costa e Silva, que abertamente incentivou as empresas a apresentarem novos projetos de exploração de gás.

Vamos destruir a economia fóssil e exigir o futuro a que temos direito!

No dia 23 de setembro sairemos às ruas para condenar a inação política e denunciar os projetos suicidas do governo. Não toleraremos novos projetos que aumentem emissões, nem em território nacional, nem em lado nenhum. Exigimos um plano de transição justa que nenhum governo, atual ou vindouro, possa revogar.

Partimos às 11h da Praça José Fontana, em frente ao Liceu Camões, e vamos marchar até ao ministério da economia, onde mostraremos que é possível destruir uma economia baseada nos combustíveis fosseis e construir um futuro livre de exploração.

Não vamos baixar os braços, vamos ocupar.

Desde 2019 que fazemos greves e aprendemos a nossa lição: precisamos de nos manifestar, mas temos de fazer mais do que faltar pontualmente às aulas e marchar. Não há tempo a perder, e com o escalamento visível da crise climática, escalamos também na nossa resposta. A partir de dia 7 de Novembro vamos ocupar as nossas escolas e universidades até que as nossas reivindicações pelo fim aos combustíveis fósseis até 2030 e pelo fim aos fósseis no governo sejam atendidas.