quinta-feira, 24 de novembro de 2022

#NãoEstãoSozinhas!

4 ESTUDANTES DO MOVIMENTO “FIM AO FÓSSIL – OCUPA!” VÃO A TRIBUNAL

Sexta-feira (11 de novembro), a polícia de choque entrou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, à moda da ditadura salazarista, e removeu estudantes que protestavam pelo seu futuro.

Dia 29 de novembro, às 14:00, vão ser apresentadas a tribunal.

O julgamento está marcado para dia 29 de Novembro às 14h, no Campus de Justiça (Oriente), edifício F.  Apareçam na manifestação de apoio e chamem amigas, família e colegas & partilhem o cartaz que publicámos nas redes sociais! https://www.instagram.com/p/ClLib4gMKdk/?igshid=YmMyMTA2M2Y=


Esta situação só é possível devido ao retrocesso do movimento popular gerado após o Golpe de Estado, levado a cabo pelo movimento dos capitães, que derrubou o regime fascista/colonialista em 25 de Abril de 1974. Esse retrocesso é consequência do golpe político-militar reaccionário de 25 de Novembro de 1975, que impôs o silêncio opressor do estado de sítio, do recolher obrigatório, que levou; fascistas e demais magnates a rejubilaram, os militares comprometidos com as lutas populares para a prisão e as pessoas, em particular as trabalhadoras, as mais pobres, que tinham lutado organizadas no movimento popular, a entenderem como  findo o seu brevíssimo tempo de liberdade.

25 de Novembro é a única data fundadora do regime actual. Esta é a data que todos anos os actuais detentores do poder celebram a 25 de Abril. 

Porque de Abril resta quase nada. A liberdade não passa de uma ilusão, para a esmagadora maioria das pessoas, enquanto as grandes corporações económico-financeiras possuem toda a liberdade para obterem lucros fabulosos, acumulando riqueza, e os pobres são cada vez mais e mais pobres.

Hoje, as pessoas que lutam, que querem resolver as questões da sua vida colectiva, como o combate necessário e urgente às alterações climáticas, através da exigência do fim dos fósseis e de uma transição energética justa, com a participação das pessoas que trabalham e das comunidades locais, são reprimidas, presas e levadas a julgamento.

A democracia não é o espectáculo das instituições, os rituais formalistas e burocráticos, mas a via para questionarmos a ordem social iníqua, que está a levar a espécie humana para a catástrofe.