Grandes oportunidades para mudar as mentes e os costumes, raramente são suficientemente dramáticas para mudar a sociedade.
Geralmente, só pelo fracasso o homem apreende ensinamentos…Um amigo dizia que o homem precisa de ser totalmente preenchido pela desilusão.
A desilusão tem que ser fortíssima para motivar recomeços consequentes.
Nas últimas décadas têm caído muitos véus sobre instituições e poderes que o capital prezava e defendeu . Pudemos assistir à descarada destruição de valores civilizacionais e a substitutos de heranças culturais que marcavam o povo.
Aprendemos o consumismo, cultivamos a sociedade que alguns escolheram para a população viver, respiramos o que desejam para nós.
Ainda é cedo para fazer balanços e saber os ganhos e perdas desta situação única!
O trabalho
evolutivo das sociedades vai-se fazendo… de repente o PLANETA parou!
Parou a poderosa industrialização desenfreada,
libertou-nos de poluições indesejadas. O todo poderoso deus-petróleo caiu, as
bolsas caíram. Isto tudo por causa de um vírus – uma matéria morta,
invisível, imperceptível, que nem vida própria possui!
Fazemos parte dum processo HUMANIDADE que se conta por
gerações, que por sua vez constroem idades e estas fazem milénios – como
se uma vida fosse apenas uma pequena unidade, um instante no grande relógio
Cósmico.
É assim que vejo a nossa existência. É assim que sinto o
andamento do mundo.
Não pergunto como nem porquê…perante a imensidão da
história da humanidade sou observadora contemplativa…
Os que sobreviverem a estas novas “pragas”
estarão condenados a reflectir caminhos. Os que vão partindo para lá do que
tudo é aqui, acredito que participarão, embora de outro modo, no misterioso
mecanismo oculto que nos faz ir e retornar neste pêndulo oscilante –
neste corpo celeste ou noutro onde a VIDA se processe.
Por ser Impraticável aqui e agora a realidade que
ambicionamos, serenemos o nosso Ser, para que o sorriso dos Mestres nos
invada… qual Giocondas…para podermos tranquilizar os parceiros das
nossas muitas inquietações e também algumas (in)certezas!