terça-feira, 17 de maio de 2011

Jornadas Ibéricas - Por um Tejo Vivo


As V Jornadas Ibéricas "Por Um Tejo/Tajo Vivo: Em Defesa do Tejo/Tajo e Seus Afluentes" que se realizaram dias 14 e 15 de Maio do corrente ano, na Vila de Azambuja, organizadas pela Rede de Cidadania para uma Nova Cultura do Tejo/Tajo e seus afluentes e o proTEJO - Movimento pelo Tejo.

O Movimento Cívico Ar Puro participou nestas Jornadas com uma intervenção sobre o estado actual do rio Maior, comprometendo-se a envidar todos os esforços para envolver os diferentes actores (Associações ambientalistas, Autarquias e Administração Central), dos concelhos atravessados pelo rio, na sua recuperação e revitalização.



 
Ficaram antecipadamente marcadas por um acto simbólico, levado a cabo pelas organizações vindas das várias regiões de Espanha, foram despejando água limpa da cabeceira do tejo, tanto nas povoações ribeirinhas, durante o percurso (Aranjuez, Toledo, Talavera de la Reina e Valdecanas), até ao local onde as mesmas se realizaram (Azambuja). 

Nestas jornadas ficaram patentes as malfeitorias levadas a cabo pelas mais variadas entidades, públicas e privadas, em particular pelos grandes grupos económico-financeiros, com a benevolência de todos os poderes públicos que devem ter como tarefa garantir os direitos comuns, produzir e fazer cumprir legislação e regulamentação adequada para os vários sectores económicos, em ambos os países, faltando uma estratégia de desenvolvimento integrado, que potencie os recursos naturais como garantia de um equilíbrio territorial, do progresso e da justiça económico-social.

Ficou assumido por todas as organizações, participantes, dos dois países a exigência que o Tejo e todos os seus afluentes sejam encarados como uma unidade e que os governos de ambos os países, assim como os governos autonómicos e as autarquias tudo façam para que os planos de gestão da bacia do Tejo/Tajo, tanto em Portugal como em Espanha, sejam publicados este ano e colocados à discussão e participação públicas.

 Recuperem a vida no Tejo e em todos os seus afluentes, regulando de forma adequada as questões essenciais, tais como o regime de caudais ambientais assim como os objectivos do estado ecológico das águas e a biodiversidae de modo a potenciar as condições naturais para o desenvolvimento integrado tanto das populações ribeirinhas como das regiões envolvidas. Potenciando a agricultura biológica, a indústria agro-alimentar, através do aproveitamento integral da água e a sua reutilização, as pescas, o turismo e as demais actividades económicas relacionadas com o rio.

Também ficou assumido o compromisso de continuar o trabalho com o objectivo de fortalecer as organizações ambientalistas, de molde a empenhar as populações, para que assim sejam criadas as condições necessárias, para a recuperação do Tejo e seus afluentes.